ANINHA GOSTAVA DE SE MASTURBAR,
e, na grande maioria das vezes, com seu celular. Ficava lá, deitada no sofá de
sua casa, quando seus pais não estavam, com o aparelho dentro de sua calcinha.
Ligava para mim, e me pedia para lhe ligar de volta, dizendo-me que iria
aguardar minha ligação, com o aparelho lá, bem juntinho dela, naquela parte tão
íntima, úmida e quente. Dizia que a vibração do aparelho fazia seu corpo vibrar
também. E assim Ficava ela algumas horas do dia: apenas com suas roupas íntimas,
enfrente à T.V., ou ouvindo música, com aquele bendito aparelho entre as pernas.
Às vezes, me ligava com o aparelho de uma amiga, enquanto estava no ônibus
vindo da escola, dizendo... bem, vocês já sabem. E eu ligava por vários minutos;
incansavelmente para ela.
Ela
disse-me uma vez, que enquanto estava no ônibus, ninguém entendia o motivo de
tantos risinhos, excessivamente espontâneos e esfuziantes. As pessoas a olhavam
curiosas, talvez achassem que aquela menina, de cabelos castanhos longos, pele
branca, com sarda no rosto e sorriso maroto, estivesse se drogando. Grande
engano; ela se divertia do modo mais natural possível.
Começou
cedo com tal ato, primeiro foi com seus bichinhos de pelúcia; tinha grande
predileção pelo Snoopy de pelúcia, que ganhara de presente de aniversário. De
seu focinho era do que mais gostava.
Aninha
era o tipo de menina que qualquer um queria, principalmente eu, um coroa, que
ansiava a cada dia por mais juventude. E isto para um homem maduro é algo
fundamental, um modo de retornar à juventude. Tanto que muitas vezes me juntava
ao número de homens que se encontravam, discretamente, ao fim da tarde, enfrente
aos bares, para ver aquelas belas colegiais, com seus uniformes escolares,
ostentando suas belas pernas nuas, em pleno vigor da beleza e juventude,
passarem em frente. Podia-se ver aquele bando de homens maduros, como vampiros,
a babarem por aquelas carnes novas.
Ah,
Aninha era um sonho! Lembro-me bem de quando a conheci; sentava-se em frente à
fileira de alunos; de modo que estava sempre em frente de mim, com seu uniforme
escolar: bata branca, sapatos negros, com meias brancas e saia negra acima dos
joelhos. Ficava lá, sentada, com seu ar de pura ingenuidade; até que aos poucos
suspendia sua saia e abria as pernas em direção à mim. Eu não podia evitar de
olhá-la, de examinar aquela cena, que para mim era um misto de prazer e
embaraço: eu esquecia meu texto; embaralhava as palavras, enquanto ela esboçava
leves sorrisos para mim. Até que um dia algo novo surgiu: Aninha começou a ir
para escola sem suas peças íntimas. Embaraçado, olhava para todos os lados,
menos para sua direção; ah, mas era impossível não olhá-la; não admirar o vigor
de sua juventude, a beleza de seu rosto, de suas curvas de adolescente, seu
olhar sedutor, de uma sedução verde, sob os cabelos caprichosamente arrumados
por um grande laço vermelho. E, ao fim da aula, uma grande surpresa me
aguardava: em meio a minhas anotações e livros, lá estava sua peça íntima,
delicadamente dobrada entre as páginas de um livro. E quando a encontrava em
meio aos corredores, abraçada a livros junto ao peito, seu olhar me seduzia.
Aqueles grandes olhos verdes me atraiam com um misto de perigo e mistério, como
o mar que atrai paras suas profundezas a quem não sabe nadar.
Ah,
Aninha era um verdadeiro sonho! Lembro-me também quando a conheci pessoalmente...
digo: intimamente. Eu levei-a para sua casa. Ela havia perdido o ônibus de
volta para casa. Pediu-me que a levasse. Entrou em meu carro, e pôs-se a
conversar. Disse-me do grande desejo que mantinha por mim; do seu desejo por
homens mais velhos; do quanto eu a excitava, com meu conhecimento e autoridade.
Dizia-se odiar os garotos de sua idade, cheios de espinhas e de inexperiências
com as meninas. Em um dado momento, pôs-se a suspender a saia, e abriar as
pernas novamente, pondo uma sobre o painel do carro e a outra sobre meu pênis.
Esfregando-o com o pé sobre as calças. Sua falsa ingenuidade me cativara, tanto
que ali mesmo, no carro, consumamos o ato. E após isto, deixei-a em casa.
Tempos depois, vim saber que tudo não passou de um plano que esta armara para
seduzir-me.
Ah,
Aninha não era do tipo de garota de sua idade: não fazia o que vinha à sua
cabeça sem medir as consequências. Não decidia rápido como outras meninas,
assim como num estalar de dedos; em que se é tão rápido em se decidir, quanto
mudar de ideia. Aninha maturava suas ideias, arquitetava seus planos por meio de
sentimentos forjados e sórdidos.
Àquela
noite, seguiu-se outras e outras e outras mais...
Aninha
passou a ligar-me todos os dias; exigia que eu fosse visitá-la nas horas mais
impróprias possíveis. Na escola, exigia a todo instante minha atenção. Nas
pequenas salas vazias nos encontrávamos entre lousas e materiais de impressão.
Um
dia, pareceu-me em casa; minha mulher não estava; quis conhecer nosso quarto;
ao entrar, deitou-se sobre a cama de casal; esticou seu belo corpo jovem sobre
as cobertas; esfregou-se sobre os travesseiros; ao fim do qual pegou o retrato
de casal, e olhando-o, disse-me, sussurrando baixinho: possua-me, assim como a
ela.
Ah,
era-me impossível fugir de suas vontades e desejos. E lá estava eu, um homem
feito sucumbido por seus caprichos de menina.
Numa
tarde, enquanto esperava por minha esposa e filha, eis que chegam acompanhadas
de uma nova amiga:
-
Onde está Renata? – perguntei a minha esposa.
-
Já está vindo com uma amiga.
E
qual não foi minha surpresa ao ver Aninha em companhia de minha filha.
Ah,
Aninha tinha invadido não apenas minha casa e o meu quarto, mas também minha
vida.
Na
lanchonete, sob a mesa, enquanto falávamos, pôs a esfregar novamente seu pé,
descalço, sobre minha genitália, me excitando ao máximo. Virou para minha
mulher, e disse: “vou ao banheiro”, e olhou-me fixamente por uma fração de
segundo. E eu sabia o que ela queria. Inventei uma desculpa, e a segui ao
banheiro...
Ah,
Aninha tinha de fato invadido minha vida! Tornando-a pouco a pouco
insuportável.
Adorava
pôr-me em risco: invadia minha casa, obrigando-me possui-la, enquanto minha mulher
estava em casa.
Ameaçava
contar tudo à minha filha, se seus desejos não se concretizassem.
Quando
eu quis deixa-la, ameaçou contar tudo à escola. Falou-me que todos me acusariam
de pedofilia.
E
agora, sobre o seu corpo inerte, com minhas mãos manchadas, reconheço:
Ah,
aninha foi um sonho, que tornou-se pesadelo...
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