quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

CORTININHA DE FILÓ (de Haroldo Maranhão)



Para mim prima é mesmo que irmã, a gente respeita, mas Bela, sei lá!, tinha uns rompantes que até me assustavam. Naquela noite, por exemplo. Eu me embalava distraidíssimo na rede. Desde menino que durmo pouco, a Bela estava careca de saber e quando menos espero quem é vejo diante de mim? A Bela. A Bela dormia de pijama, minha tia achava camisão indecente, que pijama protege, a menina pode se mexer à vontade, frioleiras de velha. Pois a Bela me aparece apenasmente de blusa de pijama! Não entendi, francamente. e se não estivesse como estava acordado, poderia até imaginar que sonhava: a Bela ali de pijama decepado. Só para provocar como me provocou, que logo fiquei agitadíssimo, me virando e revirando na rede, e a Bela feita uma estátua, nem uma palavra dizia, à espera eu acho de atitude minha, mas cadê coragem?, que conforme disse prima é irmã, e de irmã não se olha coxa, não se olha bunda, irmã pode ficar pelada que a gente nem enxerga peitinho, cabelinho, nada. A danada da Bela sabia muitíssimo bem o que estava fazendo, que chegou um ponto que não suportei semelhante sofrimento, a dois metros da dona de um corpo fantástico. 
Me levantei da rede e me senti empurrado para os braços da Bela, que sem mais aquela me estrangulou que nem apuizeiro, e hoje penso que ela só esperava mesmo que me levantasse da rede, porque tudo o mais foi com ela, começando por me levar pelo escuro como guia de cego e sem nenhuma-nenhuma cerimônia deitou-se comigo na cama, que depois é que eu soube que os titios tinham saído, a gente estava só em casa e eu bestando na rede, quando bem podia estar há tempos naquele céu. A única coisa que fiz mesmo foi tirar a blusa do pijama dela e mais nada, que ela cuidou do resto, professora, mais que escolada, e para começar espetou-me com os peitinhos num abraço que quase me mata. A Bela tinha prática, um fogo tremendo. E começou a maior das confusões, eu nuínho também, que nem sabia o que era minha perna e perna da Bela, as mãos da Bela me amassando a ponto de deixar em carne viva o meu bilu-bilu, que parece que ela estava com raiva do meu bilu-bilu, mas não era raiva e sim uma aflição que deu de repente na diaba da minha prima, que queria fazer tudo ao mesmo tempo, mas tinha só duas mãos, pegava no meu troço, largava, pegava de novo, se esfregava e parava de se esfregar. Agora vejo que não era prática coisíssima nenhuma da Bela, mas uma comichão que se alastrava lá nela. 
De repente parou, a respiração cortada em miudinhos, dando a impressão de que tinha brincado a tarde toda de juju. E eu, lógico, parei também e ficamos feitos dois patetas, olhando o teto, quer dizer, a Bela é que olhava o teto, que eu não sabia se tínhamos terminado, se me vestia e ia embora para a rede. Nós estávamos colados, braços, coxas e pernas, de alto a baixo, parece que eu estava com uma febre de quarenta graus ou mais. Me sentia ótimo, ela podia olhar o teto o resto da vida e aí eu fechei os olhos e flutuava lele-leve, não sentia nada por baixo de mim, é como se estivesse voando, fora da cama, como se por baixo não houvesse coisa sólida, só ar. Foi quando a Bela virou-se para mim e começou a passar as unhas pela barriga me causando uma friagem e umas cócegas e pegou desta vez com uma delicadeza que até me espantou, o meu negócio inchadíssimo, parecendo que tinha sido picado por um enxame de cabas. Ela olhava para ele de muito perto, virava e revirava o cartuchinho de carne, um picolé quente, que não derretia. Percebi indecisão na Bela. E então falou a única palavra naquela noite, uma palavra só, palavra de três letras, que eu morro e não esqueço essa palavra:
“Vem!”
Ora, a Bela tinha cada uma! "Vem." Ir aonde se eu estava ali? Ela falou "vem" muito, muito delicadamente, me puxou e eu tudo deixava, deixei, fui deixando, a Bela pelo visto sabia muito bem o que estava querendo. “Vem." Ela me guiou que eu não sabia nem a décima parte da missa, às vezes se .impacientava com a minha santa burrice e para a Bela deve ter sido um trabalho dos seiscentos, mas ela insistia e insistia, acabou me botando de bruços por cima dela. Aí abriu as pernas e eu fiquei feito um bobo naquele espação sem saber o que fazer. A Bela fez tudo, tudo,.e gemia como se doesse e devia doer. Foi quando percebi que uma cortina de papel se rasgava e eu entrei por um corredorzinho ensopado. Aí deu nela um nervoso, sei lá o que foi!, ela me empurrou, me expulsando com raiva, eu mais que depressa saí, que não era nada besta de contrariar a Bela. Então percebi uma bruta mancha no lençol. O lençol tinha bem no centro um laguinho de sangue.


O HOMEM QUE ODIAVA VAGINAS* (de Marquês de Sade)




Um homem gordo de uns quarenta e cinco anos, baixo, parrudo, mas sadio e vigoroso. Como ainda não tinha visto um homem com gostos parecidos, meu primeiro reflexo, assim que fiquei com ele, foi o de levantar minhas saias até o umbigo. Um cão ao qual se mostra um bastão não faria cara mais feia: "Ei! Ventre de Deus, menina, virai essa boceta para lá, por favor". Enquanto isso, rebaixou minhas saias com mais pressa do que quando as levantara. “Essas putinhas”, continuou mau-humorado, “só tem boceta para nos mostrar! Por vossa causa, talvez eu não consiga esporrar esta noite... antes de conseguir tirar essa boceta infame da cabeça”. E, dizendo isto, virou-me e levantou metodicamente meu saiote por trás. Nessa postura, conduziu-me, sempre segurando minhas saias levantadas; e para ver os movimentos de minha bunda enquanto eu andava, mandou que me aproximasse da cama, sobre a qual me deitou de bruços. Examinou então meu traseiro com a mais escrupulosa atenção, sempre tapando com uma mão a vista de minha boceta que ele parecia temer mais que o fogo.



Finalmente, após me advertir para dissimular o quanto pudesse essa parte indigne (como disse), mexeu com as duas mãos por muito tempo e com lubricidade no meu traseiro. Ele o abria, o fechava, às vezes levava nele sua boca, e eu a senti até, uma vez ou duas, diretamente encostada no buraco; mas ele ainda não se tocava, nada indicava isso. Sentindo-se, no entanto, aparentemente pressionado, preparou-se para o desfecho de sua operação. “Deitai-vos no chão”, me disse, jogando nele algumas almofadas, “aqui, sim, assim... Com as pernas bem abertas, a bunda ligeiramente levantada e o buraco o mais aberto possível. Assim, ótimo!”, continuou vendo minha docilidade. E então, pegando um banquinho, ele o colocou entre minhas pernas e veio sentar em cima, de modo que seu pau, que agora sacara dos calções e sacudia, ficasse por assim dizer na altura do buraco que venerava. Então seus movimentos tornaram-se mais rápidos. Com uma mão ele se masturbava, com a outra, abria minhas nádegas, e alguns elogios temperados com muitos xingamentos compunham seu discurso: “Ah! santo Deus; que belas nádegas”, exclamava, “que buraco lindo, ah... como vou inundá-lo!” E cumpriu sua promessa. Senti-me encharcada; o libertino parecia aniquilado por seu êxtase. Como é verdade que o culto oferecido a esse templo sempre tem mas ardor do que aqueles que arde sobre o outro!

* Tirado do livro 120 Dias de Sodoma, com título meu

FILOSOFIA DO ORGASMO (por Bosco Silva)



RESUMO: O presente trabalho tem como finalidade demonstrar as terríveis consequências religiosas, morais, psicológicas e, principalmente, sexuais da mudança de mentalidade de um mundo antigo, calcado na ideia de IMANÊNCIA, para a mentalidade de um mundo moderno, baseado na noção religiosa de TRANSCENDÊNCIA, por meio da sexualidade humana.


INTRODUÇÃO




Houve uma época em que o homem não era visto como um ser à parte da natureza, mas sim mantendo uma profunda e insolúvel harmonia com esta, fazendo tanto parte desta quanto os leões, os carvalhos, ou mesmo os minerais; era uma época que ainda não se tinha inventado o pecado, e que o sexo não era visto como algo pecaminoso, mas divino, um dom da natureza ou um caminho que levava aos deuses: um meio de conhecimento e iluminação pessoal, capaz de mostrar ao homem uma parte então desconhecida de si próprio: sua identidade profunda com a natureza, com suas forças fundamentais.

Foi a época das religiões panteístas que concebiam Deus, não como um ser agindo fora do mundo, mas de dentro do mesmo, um ser imanente ao mundo; e também dos grandes cultos a Afrodite, com suas sacerdotisas que em seus templos copulavam com os devotos da grande deusa; das bacantes, que por meio do vinho, e em nome do deus Baco, embriagavam os homens e os levavam a serem absorvidos por seus instintos sexuais, copulando com estes durante o culto de seu deus nos campos, bosques e prados; e do deus Príapo com seu grande falo, o deus da fertilidade, responsável pela fertilização dos animais e vegetais. Enfim, era uma época em que o sexo era tão sagrado quanto as religiões, e em que o sagrado feminino dominava o mundo, onde não se rejeitava nossa animalidade, nossos instintos.


E foi, certamente, a partir do momento em que o homem se sentiu como um ser superior e independente da natureza; um ser feito, erroneamente, à imagem de um deus, que assim como este, transcenderia a natureza, que se viu dividido entre dois mundos, um natural, governado pelas leis naturais do corpo e o outro, sobrenatural, comandado por leis superiores, imateriais, que não pertenceriam ao nosso mundo, que nos levou a renegar nossa origem animal, como algo inferior e impróprio do homem, um arcabouço de sentimentos bestiais e bárbaros - mas devemos lembrar que os mais baixos sentimentos humanos não pertencem aos animais. Disso surgiram a moral e as proibições religiosas ao sexo, e a ideia de que devemos privilegiar nosso lado transcendente em detrimento de nosso lado animal. Não admira, portanto, que o sexo como aquilo que mais uniria os homens aos outros animais tenha sofrido tanto com esta forma de pensar, transformando-se em algo indigno do homem.


Por meio de Eva, a primeira mulher, Adão, o primeiro homem,  comem o fruto proibido e juntos e juntos descobrem o pecado e a vergonha de seus corpos nus, e são expulsos por Deus do paraíso

Porém tal pensamento não deixou de ter consequências terríveis para a humanidade, gerando as perseguições religiosas e tornando as mulheres suas maiores vítimas, como na Inquisição católica; e a Inquisição foi a conclusão da longa história de preconceitos, de repressão, de intolerância, ao sexo, a mulher, enfim, ao diferente. E a mesma mulher que provocou a expulsão do homem do paraíso ainda era uma ameaça presente, com sua natureza diferente, com seu sexo que atraia a natureza reprimida dos homens “santos”, gerando mortes aos milhares.


O afastamento do homem da natureza trouxe-lhe também certa sensação de abandono e de incompletude ou gerando doses desnecessárias de sofrimento psicológico em forma de terríveis e desnecessário sentimento de culpa ao mesmo, já que sendo o homem uma parte da natureza - e como a parte só tem sentido quando vista em seu todo - o afastamento do homem da natureza, não o deixaria ver-se como parte de um grande todo, de um grande “plano”, gerando-lhe sensação de abandono e incompletude. Não admira, por isso, que após afastarem o homem da natureza, muitos religiosos digam que lhes falta algo, como um deus ou algo parecido.


A Inquisição católica foi a conclusão da terrível ideia de pecado, 
da inferiorização da mulher e da deturpação da natureza humana

E assim a mais de dois mil anos nos ensinam a termos vergonha de nossos corpos, a odiarmos o que nós próprios somos, a termos vergonha de nossa própria natureza. Nossa moral e religião nos ensinam a associar rigor sexual à dignidade e liberdade, a não acatarmos os desejos do corpo, a mortificá-lo para não sermos escravos do mesmo, de seus apetites e desejos; o homem soberano, para esta forma de pensar, não se deixa levar por seus impulsos e instintos.

Contudo, por trás de tal concepção se esconde uma luta ferrenha e doentia entre cada indivíduo consigo próprio: uma luta entre os impulsos mais naturais do homem e o desejo inútil de abafá-los, de calá-los; gerando assim sentimentos de culpa desnecessários ou no mais das vezes gerando o efeito contrário, já que tudo que é proibido tende a ser muito mais procurado, estimulando, assim, o que justamente tentam limitar. E sendo a transgressão e o sadismo elementos inerentes a sexualidade, o proibido tende não apenas a estimulá-los como distorcer o sexo, gerando por meio do sadismo e da transgressão comportamentos sexuais destrutíveis. E onde há culpa, há também castigo. Não admira por isso que as igrejas estejam abarrotadas de pessoas obcecadas com os sentimentos de culpa e de pecado, já que aprendem desde que nascem a identificarem em todas as coisas naturais expressões de pensamentos pecaminosos.

Todavia, por meio da FILOSOFIA DO ORGASMO demonstraremos por meio dos próximos artigos que, ao contrário do que nos é imposto, o homem verdadeiramente livre é aquele que segue a natureza, que não luta consigo próprio, contra sua própria natureza; não é alguém dividido entre o que se é e o desejo de negar a si próprio; enfim, ser livre jamais implica em renúncias, mas ao contrário, o verdadeiro escravo é aquele que ao reprimir seus impulsos naturais torna-se carrasco de si mesmo. Em suma, o presente trabalho, tenta, como no passado, harmonizar o homem à natureza por meio do sexo, tido como um meio de autoconhecimento, e ao harmonizar o homem com a natureza, harmoniza-o também consigo próprio, com que verdadeiramente somos.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

DIÁRIO PROIBIDO (ninfomaníaca) (por Bosco Silva)


SINOPSE: Valére (Belén Fabra) é uma jovem empresária de sucesso, que tem uma intensa vida sexual. Ela possui um diário, onde costuma escrever suas confissões mais íntimas. Decidida a não seguir qualquer convenção moral, ela passa a trabalhar como prostituta de luxo por mera curiosidade. Desta forma ela conhece um universo oculto, tendo acesso ao lado obscuro do sexo e das relações íntimas.



O VERDADEIRO VALE-TUDO (por Bosco Silva)



Essa aqui é para aqueles que acham que as famosas lutas de MMA são violentas de mais. Um site americano de fetiche, o nakedcombat.com, resolveu mudar este conceito. Na modalidade criada por ele, dois homens lutam e se esfregam entre si com o objetivo de dominar o oponente. Até aí nada de novo, certo? Mas agora vem a novidade: eles, no último round, ficam nus; e a luta possui regras que vão muito além das conhecidas regras da luta greco-romano. Suas lutas possuem regras incomuns, como:

Sentar na cara do adversário, segurar os testículos deste e masturbá-lo, palmadas, fio-terra e o escambau. E em caso de empate, ganha quem manteve o maior tempo de ereção. Esse é o verdadeiro vale tudo. E para quem pensa que os lutadores não são de nada, Rick Bauer, um de seus integrantes, foi o sexto colocado na International Wrestling Championship de 2001.  

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

ORGASMOS LITERÁRIOS (por Bosco Silva)



LER OS CONTOS ERÓTICOS DO INFERNO DE SADE É TER VERDADEIROS ORGASMOS LITERÁRIOS!!!

E como prova que o blog incentiva a literatura e o orgasmo temos, abaixo, a pornostar americana Stoya demonstrando como é ler tendo um vibrador entre as pernas.


A ESPECIALIDADE DE LILÓ (de Hilda Hilst)



Antes da fala da igreja vou falar do bordel a 30 quilômetros da Gota do Touro. No bordel todo mundo gostava de ver Liló lamber as putas. E ele adorava que o vissem. Era um sujeito atarracado, elegante, doidão por xereca de puta. Tomava três ou quatro cálices de cachaça puríssima que as mulheres encomendavam lá de Minas, e aí começava um ritual danado. Dizia: quem é a primeira hoje? As mulheres riam, os homens davam seus palpites. Nessa noite havia uma moça novata, chamada Bina. 18 anos, a cabeleira opulenta até a cintura, ancas avantajadas, seios delicados, boca de mulata, polpuda, e que dentes! Liló só estava interessado na cona da moça. Todo mundo começou a gritar Bina! Bina! Ela riu dengosa, fez muxoxo de acanhadinha e liló foi ajeitando a cadeira de veludo rosa, fofa, porque era naquela cadeira que ele gostava de examinar qualidade, espessura e tamanho das cricas.

O pessoal ficava à volta bebericando, ele mandava a mulher se sentar, fazia vênias, perguntava se não queria um gole de vinho doce, era gentil feito embaixador. Nesse dia, então, foi Bina. Liló gostava da moça vestida. Ele ficava só de cuecas. Um cuecão muito branco, largo, a caceta pra dentro. Bina sentou-se. Alguns homens já ficavam de pau duro logo nesse pedaço. Outros não aguentavam ver até o fim e ejaculavam ali mesmo encostados nas outras donas. Liló ajoelhava-se. Ia levantando devagarinho a saia da moça dizendo “abre lindinha, abre um pouco mais, vem mais pra frente da cadeira, não fica nervosa bichinha”. O prazer de Liló era o acanhamento postiço da mulher. Todas sabiam que ele só gostava se a mulher fingisse pudor, um pouco de receio no início, um tantinho de apreensão.



Quem ia ser chupada já sabia disso. Gostava também que usassem calcinha. Ia empurrando o tecido da calcinha para a virilha da mulher e esticava os pentelhos devagar. Depois tirava a calcinha e começava a examinar a boceta. Vejam, ele dizia, esta é de cona gorda, peitudinha de boca. Os homens se inclinavam. Alguém dizia: deixa eu dar uma lambida, Liló? Calma, cara, o assunto é comigo agora. Algumas ficavam logo molhadas e aí ele gostava muito, punha o dedo lá dentro e mostrava: vê, gente, já tá empapada. Dona Loura, a gerente (era assim que era chamada a cafetina), trazia uma almofadinha de cetim azul e punha debaixo das coxas da mulher. E Liló começava o trabalho. De início dava uma grande lambida e parava. Bina se torcia inteira. Ele perguntava: “quer mais?” Ela dava um gemido de assentimento. “Então fala que quer mais, senão não lambo mais.” “Quero mais, Liló, Por favor.”

A caceta de liló era um talo duro e gotejante. Uma das putas deitava ao lado dele e começava a chupá-lo. Ele ia lambendo Bina igual à cadela que lambe a cria, o linguão de fora. Parava de vez em quando. As mulheres seguravam a cabeça da que estava sendo chupada e alguns homens a beijavam na boca outros nos seios. Tinha jeito de mesa de cirurgia aquilo tudo (sorry, médicos). Liló só queria a cona e ejaculava espasmódico na boca da outra no tapete, enquanto Bina gozava na boca de Liló. Em seguida Liló levantava-se com um grande sorriso e dizia: “Meu nome é liló, o lambefundo. E mais uma rodada pessoal, de cachaça especial, dona Loura!” Depois não queria mais mulher alguma. Tomava dois cálices no balcão do bar do puteiro e saía com passadas rapidinhas, ereto e sempre muito elegante.

QUAL A SUA PERVERSÃO??? (por Bosco Silva)



RESUMO: O presente texto tem a finalidade de analisar o sadismo, o masoquismo e a coprofilia (sexo com fezes humanas), por meio da obra do escritor Marquês de SADE; bem como da importância destes comportamentos sexuais extremos em sua literatura e filosofia.

INTRODUÇÃO
Não raro, ouvimos comentários de alguém que conhece alguma história a respeito de um terceiro que possui comportamentos sexuais estranhos; comportamentos que não se adequam ao que se convencionou chamar de normal em matéria de sexo. Assim, ouvimos, por exemplo, histórias da mulher que adora, durante suas relações sexuais, receber, de bom grado, tapas em seu rosto, ou mordidas em seu pescoço (MASOQUISMO); do jovem que pede para usar banheiros de conhecidos para roubar calcinhas das irmãs destes (FETICHISMO); ou do sujeito que, bem vestido, frequenta o banheiro público durante horas a fim de espreitar outros homens em seus momentos íntimos, olhando indiscretamente com interesse para o órgão exposto do cidadão ao seu lado (VOYEURISMO); de outro que coleciona absorvente femininos, sujos, de baixo da cama (MENOFILIA); ou ainda do sujeito que prefere ter relações sexuais com mulheres menstruadas, fantasiando as ter desvirginado durante suas relações; etc.; tais histórias parecem serem bem mais comum do que se pensa, e com o advento da internet, com seus inúmeros materiais dedicados as mais “estranhas” formas de desejos sexuais, percebemos, definitivamente, que a quantidade de tais comportamentos superam mesmo a maior estimativa que suspeitávamos existir quanto a tais comportamentos.

SEXO E INTERNET


JOY ANGELES: Sate Dedicado a Coprofilia; Com Milhares de Acessos Diários

A internet possibilitou uma nova era de informação, facilitando e tornando acessível a muitos, informações que até então eram privilégios de poucos; divulgando ideias e novas formas de comportamentos humanos, em que, como era de se esperar, o sexo possui um lugar de destaque, com dezenas de milhares de sites dedicados a saciar a curiosidade e o desejo de centenas de milhares de pessoas. Assim, há desde sites inocentes que se dedicam a reunir futuros casais de namorados, aos dedicados a prostituição, ou encontros de casais com fins sexuais; ou ainda os dedicados ao comércio de pequenos filmes pornôs, às formas mais extremas de sexo, como os que se dedicam a mostrar sexo entre humanos e animais; sexo entre adultos e crianças; relações sadomasoquista extremas, em que a violência e a dor são os atrativos principais; sexo entre pessoas mutiladas; relações sexuais envolvendo excrementos humanos, havendo mesmo o contato e a ingestão de urina e fezes humanas durante o ato sexual, etc.
Tais sites, a contar pela grande quantidade destes, possui - contrariando o que se pensa - um imenso público, com milhares de acessos diários; sites que, sendo pagos, demonstram que há um numeroso público sedento e disposto a pagar para vê-los, não se dedicando, portanto, apenas a saciar a curiosidade casual de alguns, mas de orientar a atividade sexual de muitos. O que deve levar muitos a questionar: ATÉ QUE PONTO TAIS COMPORTAMENTOS PODEM SER CONSIDERADOS NORMAIS, NÃO-DOENTIOS?
É o que se propõe analisar este artigo.

SEXO DITO NORMAL
Embora exista uma infinidade de formas sexuais extremas, algumas, certamente, ainda sem nomes, três nos interessa por estar ligadas diretamente a obra do Marquês de SADE; e que são a base de muitas outras; são elas: o SADISMO, o MASOQUISMO e a COPROFILIA. Práticas sexuais, que como podemos notar através de relatos famosos sobre a vida do nobre francês, estavam presente também em sua vida.
Antes de prosseguirmos, e analisarmos algumas formas extremas de sexo, convém que definamos o que se convencionou chamar de sexo normal.
O sexo dito normal nada mais é do que o sexo orientado por regras de condutas morais, com bases, em última instância, em ideias religiosas que, como visto acima, dentro da visão cristã Católica, por exemplo, permiti o sexo apenas como ato unicamente para fins de procriação; sendo proibido tudo aquilo que foge desta ideia; sendo taxado de comportamentos sexuais antinaturais. Portanto, dentro desta visão, seriam antinaturais: a masturbação; o sexo com animais; o homossexualismo tanto feminino quanto masculino; o sexo oral e anal, etc.
O “sexo normal” seria apenas uma mera convenção, um mero acordo de conduta, dependendo de interpretações pessoais e religiosas; e que, assim como as religiões, seriam relativas, sendo nenhuma mais verdadeira que a outra; e que mudaria segundo períodos de tempo, de países e culturas diferentes. Desse modo, o que em um país seria proibido como algo antinatural, em matéria de sexo, em outro seria permitido como a coisa mais normal do mundo.
A expressão “antinatural” como forma de proibição sexual, carece mesmo de sentido; não possuindo nenhum fundamento na natureza, chegando mesmo a ser contraditória, já que tudo que existe - inclusive o homem e seus desejos sexuais, por mais diferentes que possam ser - pertencem à natureza, sendo, portanto, naturais.

PARAFILIA


PEDOFILIA: Atração Sexual Por Crianças

O que comumente se chamou perversão sexual, ou desvio sexual, ganhou modernamente um nome menos propenso a julgamentos morais ou sentido pejorativo; tais denominações passaram assim a ser substituída pelo termo PARAFILIA (embora muitos críticos afirmam ainda que tal termo continua sendo pejorativo na maioria das circunstâncias), nome dado para atividades sexuais em que o prazer sexual se concentra em atividades, ou em objetos não relacionados diretamente com o sexo, ou em gostos específicos de parceiros sexuais, como na PEDOFILIA, em que o prazer do ato sexual está em praticá-lo com crianças.

ZOOFILIA: Atração Erótica Por Animais

Algumas parafilias não são mais vistas como perversões, crimes ou doenças mentais, desde que não sejam capazes de substituir o sexo convencional por completo e que sejam praticadas ESPONTANEAMENTE pelo casal, sem prejuízo para ambos e terceiros; o que, claramente, neste caso, não condiz com os CRIMES de PEDOFILIA. Portanto, vemos que há tanto parafilias inofensivas quanto criminosas. Vale lembrar também que mesmo a excitabilidade sexual, obtido apenas através do mais rígido código moral, é também considerado como uma parafilia, chamada de NORMOFILIA. O que demostra que, quando se tratando de gostos sexuais, a classificação entre o que é normal e anormal é extremamente relativo; bastando lembrar que a homossexualidade e a masturbação já foram consideradas crimes e perversões, passíveis de tratamento ou de detenção.


FISTING: Prazer Sexual Por Meio da
Introdução do Punho no Ânus ou Vagina
  
As parafilias podem ser classificadas de acordo com o comportamento ou o objeto inserido no ato sexual, segundo normas de saúde ou critérios de sociabilidade, indo das que poderíamos classificá-las como inofensivas, passando por aquelas que classificaríamos como perigosas à saúde, às de índole violentas e mesmo criminosas.

SADISMO: Da Sensação de Poder ao Prazer Sexual
No longínquo 3 de abril de 1768, num domingo de páscoa, uma bela mendiga é levada para uma suntuosa casa, com promessa de trabalho; ao chegar é trancada em um dos quartos; posteriormente, é manietada de bruços sobre uma cama; tem seu corpo chicoteado; em seguida, tem o corpo pinicado por um objeto cortante; o qual derrama múltiplas gotas de sangue, que escorrem sobre sua pele branca, entre faixas vermelhas feitas pela ponta do chicote; o sangue é estancado por pingos de cera quente que caem de uma vela, que é administrado por seu algoz, sobre suas feridas abertas. Seu algoz é um nobre francês de nome SADE.
O jovem SADE concretiza neste ato, o ápice de seu sadismo prático. O caso tornou-se conhecido como “o caso Rose Keller”.
Rose Keller o denunciará às autoridade da época, descrevendo o que está acima como o ocorrido, embora não tenha sido a mesma versão dada por SADE. Mas uma coisa é certa: SADE a teria chicoteado; costume que era tão comum em suas festinhas, e que era também administrado, com veemente exigência, por si próprio, sobre seu próprio corpo, por meio de prostitutas pagas para também fazerem este trabalho.
Para SADE o PODER É AFRODISÍACO. Isto é, é estimulante de prazer; um estimulante inerente aos homens, em menor ou maior grau, que tanto pode dar prazer a um déspota, provocando-lhe orgulho e sentimento de superioridade perante seus semelhantes, mantendo-o ao máximo no poder; como também a um assassino, que subjuga sua vítima, forçando-a a se submeter aos seus desejos; ou ainda ao prazer sexual com que um casal, que por meio de chicotes e algemas, apimentam a relação à dois com joguinhos sexuais de submissão e autoridade. Todos tendo a mesma origem: o sadismo inerente ao homem.

MASOQUISMO


SACHER-MASOCH (1836-1895)

Se o termo sadismo se originou do nome do Marquês de SADE, adepto desta forma de atividade em seus escritos e na própria vida, como já foi visto, o termo masoquismo originou-se, por sua vez, do nome de outro escritor, do austríaco Leopold von Sacher-Masoch, que em seus inúmeros livros narra personagens masoquistas. Sacher-masoch era pessoalmente um masoquista, que teve tal atividade despertada, como muito bem narra o próprio escritor: na infância, quando ao esconder-se no quarto de uma tia, no guarda-roupa desta, entre seus casacos de peles, presenciou esta tendo relações sexuais com um homem. Ao ser descoberto, foi castigado com surras por ela, enquanto estava entre os casacos de peles, o que o fez durante o resto de sua vida, relacionar dor, humilhação e casacos de peles ao sexo.
Embora a muitos pareça descabido que alguém possa obter prazer com a própria dor e humilhação, a verdade é que o prazer e a dor sempre andaram juntas, até mesmo onde menos podemos imaginar. Tomemos, por exemplo, as religiões, principalmente aquelas em que veem na dor e na humilhação, virtudes imprescindíveis a evolução espiritual e importante modo de submissão a Deus. O Cristianismo é um bom exemplo disso:
A flagelação passou a ser um ato cotidiano em muitas ordens cristãs; como um modo de mortificação do corpo e de seus desejos, geralmente desejos sexuais. Não raro, este era o modo de alcançar êxtases religiosos. Santa Tereza usava a flagelação como prática diária; através do chicote ela alcançava estados místicos de transe; São Francisco de Assis dizia: "Humilhação é o caminho para a humildade e sem humildade, nada agrada a Deus". Muitos devotos e líderes religiosos cristãos se flagelavam, e prescreviam tal prática, como São William, São Rudolph e São Dominic. Havia mesmo ordens dedicadas a tal ato, como a Seita dos Flagelantes, organizada por Santo Antônio; que ia de cidade em cidade arrecadando novos penitentes, até uma igreja, onde se flagelavam com chicotes durante horas, em seus dorsos nus; às vezes chegavam a dezenas de milhares.



São João da Cruz (1542 – 1591) afirmou, certa vez, sentir prazer em lamber feridas de leprosos; Santa Catarina de Siena (1347 – 1380) afirmou não ter comido nada tão delicioso quanto o pus dos seios de uma cancerosa.
Estas palavras foram pronunciadas por pessoas que são tidas, ainda hoje, para muitos, como modelos de virtude e de bem viver.
É que as religiões tem o grande poder de transformar o que seria um ato torpe e execrável, quando não vistos com os olhos da fé, em um belo ato de devoção e sacrifício, quando inserido em seu contexto religioso. E o que é tido muitas vezes como meramente um ato de masoquismo, quando fora da religião, pode ser cultuado como virtude quando visto pelos olhos da fé.
O prazer da dor, neste caso, não estaria certamente na forma sexual, como podemos ver em SADE ou em Sacher-Masoch, mas no PRAZER DO ALÍVIO DA PASSAGEM DA CONSCIÊNCIA DO PECADO, MARCADO POR TORTURAS PSICOLÓGICAS, PARA O BEM ESTAR DA NÃO-CULPA, já que o Cristianismo, com sua forte ideia de redimir os pecados, coloca na dor, o melhor modo. E a capacidade de sentir dor sem reclamar, como uma de suas virtudes; terminando, enfim, por associar prazer e dor, dor e salvação ou a total permissão de desejos mórbidos, vistos como virtude; o que certamente estimularia ainda muito mais nossas tendências masoquistas.
Enquanto o SADISMO seria uma relação ATIVA com o poder, com a autoridade; o MASOQUISMO, por outro lado, seria uma relação PASSIVA com estas formas de atividades. Para o masoquista, figuras poderosas estariam necessariamente ligados a exigência de punição, pois tal capacidade seria a própria essência do poder delas, por isso seriam inseparáveis do castigo. O que explica, por um lado, como já foi visto, tanto a reação masoquista com relação à religião e à figura de Deus, quanto aos “prazerosos joguinhos” sadomasoquista entre amantes.
Novamente uma boa explicação para isso, como bem observou SADE, é que tanto o sadismo quanto o masoquismo, em menor ou maior grau, são tendências inerente no ser humano, à nossa origem animal.
Em 1954, um dos primeiros pesquisadores sexuais, Alfred Kinsey, constatou que mais da metade de homens e mulheres, reagiam sexualmente com prazer a mordidas: nada muito diferentes de vários animais. E, talvez, assim como, por exemplo, alguns insetos, como algumas aranhas, ou louva-deuses, em que o macho se permite, ao fim do ato sexual, ser subjugado e devorado pela fêmea, tenha também se conservado no homem a tendência a submissão no ato sexual, identificando dor e prazer. Fato que parece se repetir continuamente nas mulheres; associação que parecer ter bases biológicas, já que o papel biológico da mulher está impregnado de dor: da menstruação, ao defloramento e, consequentemente, ao parto.

SADOMASOQUISMO
É claro que um mesmo indivíduo poderia abarcar em si tanto o papel de sádico quanto de masoquista. Sua relação com a ideia de autoridade seria tanto ativa quanto passiva; ele seria ao mesmo tempo tanto algoz quanto vítima de si mesmo; assumindo a autoridade de punir a si próprio. Tal relação denomina-se de SADOMASOQUISMO.

SEXO ANAL
Porém, antes de nos debruçarmos sobre as particularidades da COPROFILIA, é de suma importância examinarmos uma prática sexual que, embora não considerada PARAFILIA, possuía uma grande importância para o nobre escritor francês: o SEXO ANAL.
SADE o praticava não apenas de forma ativa como passiva; e não apenas com homens, mas também com mulheres. Em Marselha, por exemplo, SADE é denunciado por três prostitutas por tê-las forçado a açoitá-lo; e depois ter praticado, em cada uma, sexo anal, enquanto ao mesmo tempo recebia em seu ânus o pênis de seu criado.
A preferência de SADE pelo sexo anal pode não apenas ser explicado por esta modalidade sexual unir tanto sadismo quanto masoquismo em uma mesma atividade sexual, quanto à certa dose de blasfêmia atribuída a ela. O que fez desta atividade o ápice de sua sexualidade, pois como bem observou Simone de Beauvoir, podemos dizer que toda a sexualidade de SADE é de teor anal; contendo, pois:

SADISMO - posto que o sexo anal provocaria dor no parceiro; seria a invasão mais completa da sexualidade de um pessoa sobre a outra; seria o máximo da intimidade sexual e da conquista, etc.;
MASOQUISMO - o sexo anal permitiria a subjugação do parceiro ou da parceira, até mesmo simbolicamente, por meio de algumas posições sexuais, representando a dominação de um sobre o outro; simbolizando a atividade de um sobre a total passividade do outro, etc;
TRANSGRESSÃO – o sexo anal quebraria valores, principalmente valores cristãos, como a ideia de que o sexo seria permitido apenas para fins de procriação, e a ideia de que este seria antinatural.

SADE, por meio da transgressão, transforma mesmo a blasfêmia em prazer, misturando-a ao prazer sexual; por exemplo, durante relações sexuais suas, obrigava que suas parceiras desrespeitassem símbolos cristãos. Vale notar que, em sua época, o sexo anal, mesmo praticado de modo heterossexual, era considerado crime de sodomia, passível de detenção e mesmo de morte, tendo tal lei bases cristãs. O que certamente incluiria um atrativo a mais para SADE: o perigo. Elemento com forte poder de estimulação, pois como é sabido, ainda hoje: “O que é proibido é sempre mais procurado”.
Tais elementos reunidos, pelo menos em parte, seria a própria essência do desejo pelo sexo anal, como podemos ver ainda hoje em relatos de casais, em que o parceiro pretende iniciar sua parceira em tal atividade. Para muitos destes, o sexo anal é o máximo da conquista sexual, principalmente quando tal possibilidade é tantas vezes negada pela parceira, não raro com argumentos que incluem desde que tal ato causa dor, é nojento, á afirmação de que é contra a natureza. Negativas que só fazem aguçar ainda mais o desejo do parceiro. Principalmente em uma cultura como a nossa que privilegia como modelo de beleza mulheres possuidoras de fartas e belas bundas, chegando mesmo tal atributo torna-se um meio de alcançar sucesso profissional, ou econômico, como podemos observar acompanhando carreiras de dançarinas, ou mesmo na vida cotidiana, em que grande parte dos homens bem sucedidos aparecerem nos meios de comunicação ostentando mulheres com “belos traseiros”, tornando as nádegas femininas status social.

TRANSGRESSÃO E PARAFILIA
Ao atribuir, revolucionariamente, à transgressão papel coadjuvante ao prazer sexual, e ao explorar ao extremo os prazeres do corpo, a transgressão terá papel fundamental no pensamento de SADE, como também em seus escritos. Tornando-se mesmo em muitas descrições de sexo extremo, em sua literatura, o elemento fundamental; o que parece refletir bem a realidade, já que muitos desejos sexuais extremos, praticados na realidade possuem a transgressão e o proibido como elementos fundamentais; como o sujeito que necessita da sensação do proibido, envolvendo a não permissão do outro, para excitar-se, como no caso de alguns exibicionistas que exibem seus órgãos sexuais para pessoas desavisadas, nas esquinas, em frente de escolas; em geral para pessoas estranhas ao seu convívio. O elemento de surpresa e de não permissão, que está por trás de seu ato proibido, são os elementos que o excitam. Fato que não aconteceria se fosse visto por ele, ou por outras pessoas, como algo natural e permitido. A transgressão é o princípio deflagrador e excitador de tal ato. Originando também atos modernos como comportamentos sexuais autodestrutíveis, como os praticados pelo movimento de homossexuais masculino denominado de BAREBACKE, em que o prazer sexual está em transgredir normas de saúde, possibilitando assim a transmissão e a infecção pelo vírus da AIDS, por meio do relacionamento com indivíduos desconhecidos, principalmente com indivíduos já infectados pelo vírus da AIDS, sem uso de preservativo.

COPROFILIA


COPROFAGIA
    
COPROFILIA é a atração sexual por fezes humanas; que pode ser acompanhada, muitas vezes, por COPROFAGIA; que, por sua vez, significa o prazer sexual em ingerir fezes.
Como em todas as formas de extremismos, em que uma atitude extrema é alcançada gradativamente por meio de graus menores de extremismos, o sexo anal e a anilingua (manipulação anal por meio da língua) poderiam ser mesmo visto como um caminho que levaria do SADISMO e MASOQUISMO à COPROFILIA, já que este tenderia a proporcionar contato com fezes humanas.
Seguindo esta linha de raciocínio, a COPROFILIA seria a culminância de um processo de associações graduais, em que, a princípio, o futuro coprófilo sentiria atração normal por nádegas, e, gradualmente, estenderia seu desejo ao ânus; em seguida, movido por meio de associações e TRANSGRESSÕES graduais, teria sua atração voltada para a defecação do ser desejado; culminando, finalmente, no prazer de manusear, cheirar, ou até mesmo ingerir fezes humanas.
Há que se levar em conta também outros elementos, como o FETICHE; uma atividade profundamente simbólica, relatado mesmo por muitos praticantes de tais atividades; em que as fezes humanas ganhariam uma proporção gigantesca de simbolismos e metáforas em relação ao ser desejado. E em que o contato com as fezes seria visto como “uma oferta de profundidade do interior de um desejável corpo, tornando-o muito, muito íntimo”. Seria como um canibalismo simbólico, em que o contato com as fezes, a ingestão desta, seria como a absorção simbólica do objeto do desejo em seu grau máximo de intimidade.
Há também, sem dúvida, um ato de desafio, de proibido, em tal atividade que a muitos, em si, representaria um estímulo a mais.
Para alguns masoquistas o ato significaria submissão e auto degradação simbólica ao ser amado. Por isso, tal prática novamente teria um grande valor em comportamentos religiosos.     
Aqui novamente, o que para muitos seria considerado repulsivo, tornar-se-ia um ato santo quando visto pelos olhos da fé cristã, ou não seria melhor dizer: quando visto pelo MASOQUISMO CRISTÃO? Como podemos ver em alguns casos:
Santa Marguerite-Marie Alacoque (1647-90), transformava vômitos de doentes em seu alimento; mais tarde ao ingerir fezes de uma doente, declarou que tal ato suscitava nela visões, em que esta aparecia atrelada com a boca nas chagas de Cristo.
O profeta Ezequiel, foi ordenado por Deus a comer fezes humanas: “E o que comeres será como bolos de cevada, e cozê-los-ás sobre o esterco que sai do homem, diante dos olhos deles.” Ezequiel 4:12. No entanto, este ao protestar, Deus muda de ideia, porém sem mudar de método: “Vê, dei-te esterco de vacas, em lugar de esterco de homem; e sobre ele prepararás o teu pão.” Ezequiel 4:15.

CONCLUSÃO
Como foi visto, algumas parafilias não são mais vistas como perversões, crimes ou doenças mentais, desde que não sejam capazes de substituir o sexo convencional por completo e que sejam praticadas ESPONTANEAMENTE pelo casal, sem prejuízo para ambos e terceiros; havendo mesmo muitos que advogam que o sadomasoquismo praticado por casais não sejam mais rotulados como parafilia.
O sexo como atividade humana, não se prende a um modelo único, como o modo correto de ser feito, rotulado de normal; ele abarca certo grau de subjetividade e fantasia que tal ideia não pode conter. Sendo que o que se convencionou de normal dentro da sexualidade humana, como a ideia católica do sexo apenas para fim de procriação, revela-se como uma ideia equivocada e, como mostra a história, mesmo perigosa. O sexo possui, por exemplo, como é visto no reino animal, papeis que vão além da própria procriação, ele promove a sociabilidade entre os indivíduos, e uma hierarquia social, natural, que identifica no líder a coerção do grupo, etc., comportamentos fundamentais para a manutenção da vida de muitos animais, inclusive o homem.
Dentro de um rígido sistema moral, a transgressão passa a tornar-se um elemento fundamental, pois mesmo que a única lei que vigorasse na natureza fosse a lei da força bruta, tal lei não seria causa de perversões sexuais, já que a transgressão, como elemento principal, deflagrador da perversão, não existiria, pois para que houvesse tal elemento, seria preciso que o sujeito transgredisse leis morais. O que só pode existir em sociedades com definido e rígido sistema moral. Aí está a grande sacada de SADE: as perversões são frutos da sociedade. De uma sociedade que ao proibir o que é natural no homem, como o desejo sexual, acaba, enfim, por intensificá-lo. Pois, bem sabemos que, tudo que é proibido é mais procurado.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

À MANEIRA DOS CÃES (de A. N. Afanassiev)



Num certo país, num certo reino, vivia um grão-senhor: ele tinha uma filha muito bonita. Um dia, ela passeava acompanhada de um lacaio, e este pensou:
- Que bela flor! Não há nada no mundo que eu deseje mais do que ter o prazer de fodê-la, ainda que uma vez apenas: se assim for, nem a morte me assustará mais!
Pensou, pensou e, sem sentir, disse em voz baixa:
- Ah, bela senhorita! Se eu ao menos lhe pudesse saudar à maneira dos cães!
A bela jovem ouviu estas últimas palavras. E assim que voltou para casa, mandou chamar o lacaio, ao anoitecer.
- Repita, seu cretino! – disse-lhe ela. – O que você disse quando eu estava passeando!
- Perdão, senhorita! Eu disse tal e tal coisa.
- Pois bem, para você aprender, comece agora mesmo a imitar um cão; caso contrário. Conto tudo ao meu pai.
E a jovem levantou a saia, pôs-se de quatro, o traseiro ao ar livre, e disse ao lacaio:
- Abaixe-se e cheire, como fazem os cães!
Ele ficou de quatro e pôs-se a cheirar.
- E agora, lamba como lambem os cães!
Ele foi lambendo uma, duas, três vezes.
- E agora comece a correr à minha volta!
Ele pôs-se a correr em volta da garota. Deu dez voltas e recomeçou a cheirá-la e lambê-la. Fazer o quê? O pobre lacaio estava exausto, mas continuava a cheirá-la; cuspia, mas continuava a lambê-la.
- Pois bem, por hoje é só – disse a jovem. – Vá dormir e volte aqui amanhã à noite.
Na noite do dia seguinte, a jovem mandou chamar o lacaio:
- E por quê, seu patife, você não veio por iniciativa própria? Não posso ficar mandando te procurar toda noite. Cabe a você saber o que deve fazer!
E assm dizendo, ela levantou a saia, pôs-se de quatro e o lacaio começos a cheirar sua bunda e a lamber sua buceta. Dez vezes de novo, ele correu em volta dela, depois recomeços a cherar e a lamber.
A jovem se regalava todo esse tempo, mas acabou sentindo pena dele: acabou deitando-se na cama dele, levantou a saia ne frente e consentiu que ele a fodesse uma vezinha só. O lacaio cumpriu sua tarefa e disse:
- Não faz mal. Precisei lambê-la toda, mas consegui o que eu queria!

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

PODOFILIA: O Prazer Sexual Por Pés (por Bosco Silva)



Vários caminhos levam ao prazer, dos mais comuns aos mais específicos.
Um bem trivial, mas que para seus praticantes é capaz das mais intensas volúpias é a PODOFILIA, o prazer sexual por pés.

Retif de la Bretonne

Restif de la Bretonne é quem diria. Este escritor contemporâneo do Marquês de Sade, descreveu com minuosidade a atração por belos pés femininos calçados em várias de suas obras. Ele próprio foi um fetichista que teve seu nome associado ao fetichismo do calçado: restifismo.

Abaixo, o documentário Ponto "p" - No Passo do Prazer


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