quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A GUEIXA (de Bosco Silva)


O que irão ler é algo guardado sob extremo sigilo. Por isso, saboreiem bem o texto, pois não é todos os dias que um segredo milenar japonês é revelado...

Um casal, vestidos com trajes típicos, sai de uma das salas. Ela vestida como uma gueixa, com longos e estampados vestidos de seda; ele com um quimono de cor branca, com pequenos adornos de cores sóbrias.
Um pequeno público senta-se ao redor, em grandes tatames que cobrem o lugar. Estão apenas acompanhados de um narrador, sob uma leve penumbra que preenche o lugar, aromatizado por doce perfume de flores e ervas.
Ela é uma autêntica gueixa, e que como toda gueixa é educada desde menina para agradar seu futuro senhor de todas as formas possíveis, e não apenas sexualmente; estando pronta a se sacrificar apenas para lhe poder proporcionar pequenos prazeres. Ele é um descendente de japoneses, que mandou buscá-la no Japão a fim de testá-la de todas as maneiras possíveis, testando principalmente sua dedicação e lealdade antes de desposá-la; onde a virgindade se torna imprescindível.
Ele então a examina neste requisito, botando-a sentada em um largo cepo de madeira ao lado...
Neste momento, o narrador explica ao pequeno público que caso a virgindade dela não seja comprovada, ele poderá matá-la por desonrá-lo, e a família dela ainda o pagará com uma grande quantia por crime moral de desonra.
Ele então põe uma das mãos entre as pernas dela, e a apalpa com os dedos; delicadamente, sente suas entranhas... Aparentemente, nenhum sinal é dado por ele a favor ou contra... Em seguida, a despe. Ele apanha uma grande e fina corda, e amarra a mulher, entrelaçando-a com complexos nós por todo seu corpo, suspendendo-a por meio de duas roldanas suspensas no teto. O narrador explica ao pequeno público que o que estão vendo é o Shibari, uma antiga arte de tortura e dominação japonesa.
E passado alguns minutos, a mulher continua impassível, presa na corda, apertada entre fortes nós. O homem então penetra com vigor sua vagina, apoiando-se em seu corpo, comprimindo ainda mais os terríveis nós em seu delicado corpo feminino...
Em seguida, ele a solta; o corpo dela está tomado pelas marcas das cordas. Ele então a toma pelas mãos e a bota de quatro, com a cabeça sobre o cepo de madeira. Ela fica lá, lhe aguardando, enquanto ele surpreendentemente apanha uma longa e bela espada, e a põe ao seu lado.
O ambiente torna-se tenso.
Ele a penetra novamente, puxando e esticando o delicado pescoço feminino sobre o cepo, com os cabelos lisos, extremamente longos e negros, esticados, também sobre o mesmo. De repente, ele empunha a espada acima da cabeça com as duas mãos. O pequeno público se alarma, suas respirações tornam-se levemente ofegante. Alguém do público comenta: “É agora. Seu veredito será finalmente dado”.
A atmosfera torna-se tensa e macabra ao mesmo tempo.
O homem com a espada empunhada move-a no ar em direção ao cepo, em meio a um grande grito... Uma gota de suor desliza sobre o rosto de alguém do público; outro olha atônito para a cena, enquanto outro alguém esboça um leve sorriso... A espada, finalmente, encontra o cepo, cortando os longos cabelos femininos. O homem, então, os pega e enrola-os ao redor do fino pescoço da jovem mulher, e o aperta com força, puxando-os por suas pontas como rédeas, estrangulando-a enquanto ainda a penetra... A jovem gueixa se agita, convulsivamente, contraindo os músculos de seu corpo e de sua vagina; oferecendo ao seu amo muito mais prazer com isso...
Ele, finalmente, goza, soltando vagarosamente os cabelos do pescoço da mulher; suspendendo as mãos e o rosto para cima, em posição de triunfo...
Acena termina. E, ao virar, seu quimono está manchado de sangue.

Conto adaptado do meu romance: SEXO, PERVERSÕES & ASSASSINATOS.


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