sexta-feira, 20 de setembro de 2013

O QUE VOCÊ FAZ QUANDO NINGUÉM ESTÁ OLHANDO? - Caso 1: A Abobrinha (de Bosco Silva)



Madrugada de terça-feira... 
Um homem solitário em busca de emoção se excita enfrente à televisão. Na tela um filme pornô lhe trás alguma emoção em sua vida solitária. E entusiasmado com as performances dos atores, resolve introduzir um pouco mais de prazer em sua vida. Foi até a cozinha e, na falta de um vibrador, revirou a despensa e, entre vidros de maionese, latas de óleo e polpa de tomate, reparou que nas formas inocentes de uma abobrinha, havia um instrumento erótico em potencial, que parecia ter sido naturalmente adaptado ao seu corpo.
Voltou para frente da televisão, introduziu o fruto em seu ânus em um crescente de excitação com movimentos bruscos e repetitivos, até que algo sai, ou melhor, entra erradamente, o fruto se quebra e uma parte se aloja no fundo de seu reto, pelo seu grande poder de sucção. O homem passa da mais viva excitação ao mais tenebroso dos desesperos. Lambuza os dedos com manteiga na tentativa de retirá-lo. E após várias tentativas resolve ir ao banheiro. Mas o que parecia tarefa fácil torna-se demasiadamente trabalhosa. Decide então ir ao hospital. Ao atendente diz que sofreu um acidente de trabalho, que escorregou sobre o fruto.
- Sei muito bem senhor, acidentes acontecem - disse o funcionário não escondendo sua incredulidade. - Só nessa semana tivemos três casos, um garçom que escorregou sobre uma garrafa de cerveja, outro que se acidentou com um desentupidor de pia, e até mesmo, pasme, alguém que caiu sobre um hamster. O pobre animal foi parar numa toca tão estranha e apertada!
- Ô Manuel mais um daqueles acidentes, venha ver, venha ver...  - gritou o outro.
- O que foi dessa vez? Um celular? Um picador de gelo - pergunta o médico sob o olhar envergonhado do paciente. E após o atendente responder, exclama o médico, ao ver o paciente em desespero:
- Veja o lado bom de tudo isso: ainda bem que você não trabalha com abacaxis!
Uma operação é marcada com urgência. E após acabarem com o tórrido caso de amor entre um homem e um vegetal, ele volta para casa, e decide, definitivamente, não ser mais vegetariano, pelo menos em suas relações sexuais.

Já este aqui preferiu uma garrafa:

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