Tinha dezesseis anos e
estava apaixonada por um homem mais velho, o E., hoje chego a rir desse meu
pensamento, ele tinha apenas vinte e dois anos. No entanto na época eu o via
assim, um homem mais velho. Era um menino, mas já trabalhava, fazia faculdade,
curtia Jazz e Blues, citava Kerouak, tocava violão e me encantava enquanto
cantava Frisson de Tunai. Amigo do namorado da amiga não foi difícil um dia por
acaso ficarmos a sós, os quatro, numa viagem dos pais do namorado da minha
amiga.
Almoço, bate-papo, música,
piscina, beijo na boca, pau nas coxas… Quando menos percebi estava em um
quarto, nua pela primeira vez em minha vida diante de um homem. Pela primeira
vez vi um pau melar de tesão. Já havia sentido nas mãos, escondidinha nas
esfregações noturnas com os namoradinhos, mas ver ali, à luz do dia era a
primeira vez. O pau era grande e bonito. À minha frente com calma ele se tocava
enquanto conversávamos, dava pra sentir meu nervoso no ar, ele foi paciente.
Disse que curtia ver meninas se tocando e eu o fiz diante dele. Namoramos,
beijamos muito, sua língua me desvendou e a minha a ele também. Foi o primeiro
pau em minha boca, a primeira boca em minha xota, meu primeiro orgasmo acompanhada,
mas… Eu era virgem.
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Virgindade que já me incomodava, mas eu havia sido criada acreditando que sexo era coisa para quem ama e eu não amava, tava apaixonada, mas daí a dar pro cara?! Já tinha estado apaixonada antes e nem por isso dei pra ninguém. Realmente acreditava que dar a xota, deixar de ser virgem, romper o hímen, fosse algo para um eleito. E apesar de todo tesão fui enfática: “Entrei e quero sair virgem desse quarto”, como se ele já não me tivesse descabaçado de diferentes formas aquele dia. Bobinha eu… Foi então que muito malandramente, ele disse que não tocaria na minha xota, mas ele estava doido de tesão por mim, e pelo menos o cu eu tentaria dar. E como eu estava mesmo cheia de tesão, aceitei. Vale lembrar que em 1986, a AIDS ainda era o câncer gay, Cazuza ainda estava vivo, e tudo o que a gente sabe sobre sexo e prevenção, ainda não rolava descarado na mídia.
Foi então que naquele
quartinho dos fundos ele saiu por um instante, enquanto eu deliciosamente me
masturbava empinando a bunda para ele ver quando voltasse. E quando voltou
tinha um pote de manteiga nas mãos. Eu dei uma gargalhada e disse que manteiga
era sacanagem, não era Maria Schnneider nem ele o Marlon Brando em O Último
Tango em Paris. Rimos muito e serviu para relaxar um pouco. Me colocou de
ladinho, massageou um pouquinho meu cu com os dedos melados e quando me sentiu
mais relaxada colocou a cabeça do pau. Ele tinha um pauzão, como eu disse antes
era lindo, grosso e cabeçudo. Encaixou aquela cabeçorra na entrada do meu cu e
dava estocadinhas de leve, só que daí eu travei e começou a doer muito, tanto
que eu não estava agüentando e comecei a implorar que ele parasse.
Acho que aquilo dava mais
tesão nele, pois ele em determinado momento meteu o pau de uma vez só me
arrombando toda. Soltei um grito e ele tampou minha boca abafando o barulho.
Quase desmaiei de dor, não tive nenhum tesão, só dor. A lágrima escorria pelo
canto do olho. Ele disse que era assim mesmo, ficou com o pau parado dentro de
mim. Eu sentia meu cu estrangular o pau dele dentro de mim, enquanto ele de
levinho tentava mexer um tiquinho para o pau não amolecer. Foi quando nós
ouvimos um barulho de carro na frente da casa, e o namorado da minha amiga, que
estava em outro quarto, deu uma batidinha na porta e disse que tinha pintado
sujeira. Ele tirou o pau de uma vez só de dentro de mim e eu dei outro grito,
sentido, dolorido. Vesti o biquíni rápido e ele foi para o banheiro, eu e minha
amiga fingimos estar fazendo algo na cozinha e o namorado dela foi ver se eram
os pais. Não eram! Rimos um bocado, mas ninguém teve mais clima pra nada. Meu
cu ardia e latejava, pedi à minha amiga para olhar e ela disse que estava
arreganhado, ria de mim. E tudo o que eu pensava é que nunca mais em minha vida
daria ele novamente. Pra cara pauzudo ou de pauzinho, simplesmente ia apagar da
memória que havia dado o cu e esqueceria aquela dor horrorosa.
Minha história com E. não
foi adiante, mas reconheço que ele foi meu grande descabaçador, apesar de não
ter me tirado a virgindade, pelo menos não da xota. Demorei muitos anos até
tentar novamente, mais de dez, e nesse meio tempo experimentava de tudo, mas
evitava o cu. Até que um belo dia eu conheci o F., um médico taradinho por
xotas depiladas e cu, mas isso já é uma outra história pra contar!
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