domingo, 5 de abril de 2015

NUDISMO EVANGÉLICO CRESCE NO MUNDO E SE ESPALHA PELO BRASIL



Para quem pensa que evangélicos são pessoas com enorme sentimento de rejeição ao corpo, saiba que isso não é verdade; é o que podemos conferir com esta surpreendente matéria:
Um grupo de cristãos evangélicos resolveram adorar a Deus da forma como vieram ao mundo: completamente nus.
A prática que já tem se consolidado em países como os Estados Unidos e Austrália também chegou ao Brasil. Porém de forma ainda tímida. Do pastor às crianças; da vovó à irmã bonitona, ninguém se esquiva dessa forma pouco formal de louvor.
E não são poucos os adeptos desta prática. Eles se chamam “naturistas cristãos”. Os fiéis da igreja White Tail, em Southampton, ficam nus durante o culto, e acompanham atentamente o sermão do pastor Allen Parker.
“Todos os frequentadores de nossa igreja são apenas seres humanos. Sem riqueza pessoal ou aparência glamorosa, todas as pessoas são iguais”, justifica o pastor Parker.
No Brasil prática do nudismo tem crescido entre evangélicos, mas não apenas nos locais destinados aos encontros sociais sem roupa, como praias, por exemplo, mas também em templos – sim, durante os cultos – e em reuniões de leitura da Bíblia e oração.


Autodenominados “naturistas cristãos”, os adeptos do nudismo entre os evangélicos já se espalham pelas terras tupiniquins, e se organizam em comunidade.
O comerciante Carlos Moreira deixa clara sua convicção na prática do nudismo como uma coisa natural: “Não me considero um pecador. Na minha vida, o naturismo antecedeu a religião. Fico nu há 15 anos, desde que fui à Praia de Trancoso, na Bahia. Já freqüentei Abricó e gosto da Praia Olho de Boi. Há sete anos, eu me tornei evangélico. Não me considero um pecador por ainda buscar praias de nudismo. Onde está na palavra de Deus que é proibido ficar nu? Temos o espírito livre e puro. O que dizer do Carnaval, então? E das revistas de mulheres ou homens pelados? Nós temos uma filosofia de vida: a do respeito ao próximo”.
Entre os argumentos favoráveis à prática do nudismo, está a ideia de que o pecado reside na intenção: “Detesto roupas, o que não quer dizer que eu não tenha Deus no coração. Imoral é o que se faz de sujo com o corpo”, diz o programador Nelci Rones Pereira de Sousa, membro de uma Igreja Batista, mas afastado da congregação. “Não sofri nenhuma crítica. É pura falta de tempo mesmo”, diz, sobre o fato de não frequentar mais os cultos.
O catarinense Estevão gosta de orar nu para se sentir mais próximo da natureza.
Ele já foi expulso de uma igreja. Um paraíso ecológico, nenhuma roupa e… a Bíblia Sagrada. Pode parecer contraditório, mas naturismo também é coisa de crente. Isso mesmo: no Rio, até mesmo pastores evangélicos se bronzeiam como vieram ao mundo nas praias freqüentadas por nudistas. Membro de tradicional igreja evangélica há sete anos e naturista há 15, o comerciante Carlos Moreira, 44 anos, é um dos que defendem que não há barreiras entre a religião e o nu.
“O pecado não está no corpo despido, mas, sim, na malícia das pessoas. Meu coração é puro”, argumenta.



A comunhão entre Deus e nudismo custou caro ao arquiteto curitibano Estevão Prestes, 31 anos. Evangélico há 14 anos e freqüentador da Praia do Pinho (Santa Catarina) há três, ele foi expulso da Igreja do Evangelho Quadrangular, da qual foi professor da escola dominical.
“Quando meus hábitos foram descobertos, fui chamado pelos pastores a um conselho. Houve a leitura de acusação formal de comportamento imoral”, conta Estevão, que hoje é membro da Igreja Presbiteriana. “Não escondo que sou naturista, mas também não ando com crachá. Os que sabem, me aceitam”, garante.
Estevão gosta de orar sozinho na praia e de ler a Bíblia – nu, é claro: “A vivência naturista me aproxima da espiritualidade. Tenho momentos de comunhão com a natureza, com Deus e o com próximo”, justifica.
A prática vem se espalhado inclusive através de vídeos – e com adesão até de igrejas pentecostais – e os adeptos dizem sentir a presença de Deus nas reuniões: “Me encantei com o respeito e a pureza. Ser naturista é estar em contato pleno com o Senhor”, diz uma pastora que preferiu manter-se anônima.
Informações Rede Gospel

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