terça-feira, 26 de novembro de 2013

QUANTO MAIS FEIO MELHOR (por Bosco Silva)



No inferno do escritor Marquês de Sade não há apenas espaço para belas mulheres, mas também há atração pelo grotesco. Talvez Sade fosse também partidário do “Quanto mais feia a mulher, melhor o sexo com ela”.
O atrativo pelo grotesco é representado pelas criadas nos "120 Dias de Sodoma", que também são objetos de desejos sexuais, onde novamente encontramos o humor extremo e ácido de Sade:
"Thérése tinha sessenta e dois anos. Era alta e esguia, parecendo um esqueleto, sem um único fio de cabelo na cabeça, nem um único dente na boca, abertura de seu corpo que exalava um cheiro capaz de derrubar. Tinha o cu crivado de feridas e as nádegas tão prodigiosamente flácidas que se podia enrolar sua pele em torno de um bastão; pela largura e pelo odor, o buraco desse belo cu parecia a boca de um vulcão, uma verdadeira cloaca; em toda sua vida, dizia ela, nunca o limpara, o que comprovava perfeitamente que ainda havia nele merda de sua infância. Quanto a sua vagina, era o receptáculo de todas as imundícies e de todos os horrores, um verdadeiro sepulcro cuja fetidez provocava desmaios".
Já para Fanchon, "não existia um único crime na terra que não houvesse cometido. Tinha sessenta e nove anos, um nariz chato; era baixa e gorda, vesga, quase sem testa e apenas sobravam em sua fuça fedorenta dois velhos dentes prestes a cair; uma erisipela cobria seu traseiro e hemorróidas do tamanho de um punho pendiam de seu ânus; um cancro horrível devorava sua vagina e uma de suas coxas fora inteiramente queimada... O olho de seu cu, apesar das trouxas de hemorróidas que o guarneciam, era tão naturalmente amplo que ela peidava, com ou sem barulho, e muitas vezes o fazia sem mesmo perceber".


AH, E COMO ERAM GOSTOSAS!!!

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