sexta-feira, 25 de outubro de 2013

DAS PAIXÕES CRIMINOSAS (por Bosco Silva)



O homem, ao subir ao palco, é novamente saudado pelo público. E após a multidão calar-se, avisa que a paixão seguinte necessitará da pequena participação de seus devotados praticantes. O público se manifesta mais uma vez... Uma mulher, então, é conduzida à força ao palco; ela se debate inutilmente enquanto é puxada por alguns homens. Albert S. a despe e a algema pelos pulsos a uma parede, fixando-a também com correntes nos tornozelos ao chão. Ele a chicoteia, a mulher se esquiva do chicote indo até a parede. O público delira pedindo por mais chicotadas certeiras. O homem provoca-os perguntando se querem mais. A multidão responde sim em uníssono. Ele então lhes diz que tem coisa melhor. Para surpresa do público, lâminas pontiagudas são destravadas da parede em direção ao corpo da mulher. Esta passa então a ser açoitada furiosamente por ele, o que a põe em um terrível dilema: se esquivar-se novamente dos açoites encontrará pela frente as terríveis lâminas cortantes, e ao evitá-las terá que suportar as dores lancinantes dos chicotes. A mulher suporta o chicote sem se mexer, com extrema dor...

Tirado do meu romance Sexo, Perversões e Assassinatos.


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